Na sessão cultural de 17 de abril foi apresentada a comunicação “A Real Armada Borbónica, 1700-1825. Construção e destruição de uma frota de combate”, pelo Académico Juan Marchena Fernández.
O conferencista salientou que depois da Guerra da Sucessão da Coroa espanhola, que terminou com a paz de Utrecht em 1714, o primeiro rei Bourbon do trono espanhol, Felipe V, decidiu dotar a monarquia espanhola de uma Marinha Real moderna, eficiente e efetiva, construída nos seus próprios estaleiros.
Entre 1710 e 1749, 177 grandes navios de guerra (98 navios de linha e 79 fragatas) formaram esta Armada até ser destruída na guerra contra a Inglaterra entre 1739 e 1746. O sucessor de Felipe V, o rei Fernando VI, defensor duma política de neutralidade europeia, iniciou a construção de uma nova Armada forte e dissuasora para fazer frente às potências que queriam quebrar essa neutralidade. Constituída por 267 navios de grande porte (149 navios de linha e 118 fragatas), o monarca Bourbon iniciou uma série de guerras contra a marinha britânica, unindo derrotas até o encontro fatal de Trafalgar, já no tempo do rei Carlos IV.
A terminar, o Professor lembrou que a Guerra Peninsular (1808-1814) e a posterior guerra com as colónias americanas (1810-1825) levaram à perda dessa grande frota.
Assim, em 1825 a Real Armada Borbónica deixou praticamente de existir.