Vídeo da Sessão Cultural: https://youtu.be/1vjlOYqQheA
Em 12 de fevereiro foi apresentada, em sessão cultural, a comunicação “A carreira de São Tomé no século XVI: navios, produtos e capitais”, pelo Académico Arlindo da Silva Caldeira.
Para o conferencista, a “carreira” de São Tomé não era apenas a rota que unia Lisboa à ilha. Ela prolongava-se pela costa ocidental de África até à Mina, ao Congo e a Angola e, noutra vertente, alcançava a América Central e mais tarde o Brasil. Na Europa, tinha extensões pelos países do Norte e chegava às praças italianas pelo Mediterrâneo. Apesar de ter resistido para lá desse período, a sua época mais dominante durou cerca de um século, entre 1520 e 1620.
O tráfico de mão-de-obra e o comércio do açúcar (de que São Tomé e Príncipe chegou a ser o maior produtor mundial) estimulavam o principal segmento da “carreira”, seguindo-se o marfim, as especiarias “da Guiné” e as madeiras africanas destinadas à tinturaria, denominadas “pau vermelho”.
A finalizar, caracterizou os transportes e os transportadores que asseguravam a circulação das mercadorias e, por outro, os capitais e os investidores que punham em funcionamento a máquina comercial, nos vários enlaces da “carreira de São Tomé”.