Vídeo da Sessão Cultural: https://youtu.be/A6U__0GgSg4
Sob a presidência do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Mendes Calado, teve lugar em 8 de janeiro, no Auditório da Academia de Marinha, a Sessão Solene de Abertura do Ano Académico, com a apresentação da comunicação “O Mar como Património”, pelo Professor Doutor António Barreto.
Após agradecer ao Almirante CEMA o ter aceitado presidir à Sessão, primeira do novo Conselho Académico, o Presidente da Academia de Marinha, Almirante Francisco Vidal Abreu, referiu quais as atividades que ocorrerão ao longo de 2019, ano em que se comemoram os 50 anos desde que o seu fundador, o Almirante Sarmento Rodrigues, em 5 de Março de 1969, criou o Grupo de Estudos de História Marítima. Assim, salientou que em “19 de Março, por ocasião da sessão solene da atribuição do Prémio “Almirante Teixeira da Mota” e face à proximidade da data de 5 de Março a que já se aludiu, será apresentada e lançada uma medalha comemorativa. Será ainda emitido um inteiro postal, centrado no mesmo tema, com a imprescindível colaboração dos CTT e, no final da sessão, será inaugurado, no topo nascente da galeria, um vitral com uma imagem bem apropriada a uma Academia de Marinha” e que em “21 de Maio, na sessão dedicada ao Dia da Marinha, será apresentado e lançado um livro de homenagem aos dez fundadores do referido Grupo de Estudos (…). A 22 de Outubro, e com a pronta colaboração da Câmara Municipal de Lisboa (…), decorrerá no Teatro São Luís um concerto pela Banda da Armada. Finalmente, a 10 de Dezembro, na sessão de encerramento do ano académico de 2019, que será, em princípio, presidida por Sua Excelência o Presidente da República, será apresentado e lançado um outro livro, este sobre a História da Academia de Marinha”.
Seguidamente, o Professor António Barreto, na sua brilhante comunicação, salientou a importância do Mar na nossa identidade ao lembrar que “Portugal iniciou-se em terra, mas fez-se no mar. Portugal fez-se contra Espanha e através do mar. O vizinho, concorrente e rival, ajudou, por oposição, no carácter e na organização. Sem querer, obrigou os Portugueses a virar costas e ir para outros destinos. Para o mar e o mundo. A História de Portugal é uma história de fixação da fronteira terrestre, de transferência de um povo para o litoral, de estabelecimento perto da costa e de navegação pelo mar.(…) O mar é uma das primeiras realidades da identidade nacional” e que “Séculos depois de “Os Lusíadas”, o hino nacional não deixaria de começar, significativamente, pela conhecida linha “Heróis do mar…”. Mais tarde ainda, o mais importante poeta português contemporâneo, Fernando Pessoa, na “Mensagem”, não tem dúvidas: “Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português…”
A terminar a sua apresentação, disse estar convencido de que é possível, com investimento e formação, recuperar caminho e tempo para corrigir o essencial para o futuro do país.
No final da Sessão Solene, o Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada descerrou uma placa comemorativa dos 50 anos, dando desta forma início às comemorações oficiais do quinquagésimo aniversário da Academia de Marinha.